Jaguaribe é um município brasileiro do estado do Ceará. Sua população estimada, de acordo com o último Censo realizado pelo IBGE, em 2010, era de 34.409 habitantes. A sua área territorial é de 1877 km², o que corresponde a uma densidade de 18,33 hab/km². Cerca de 55% dos munícipes se localizam na área urbana da sede do município, o que indica que a cidade possui cerca de 19.041 habitantes. Jaguaribe é o 53º município mais populoso do Estado do Ceará.
A etimologia do vocábulo
O nome atual - Jaguaribe é o do rio que banha a cidade e sua etimologia não é pacifica. José de Alencar diz significar abundancia de onça; de jaguar, onça , e iba, abundancia. De acordo com Martius é rio da onça, e também para C. Mendes, Silva Guimarães e Senador Pompeu: de jaguar, onça, eig,água, rio. Paulino Nogueira prefere terra de onça, de jaguara, onça, e igibgou ibi, terra. O Barão de Studart aceita no rio da onça, de jaguar, onça; i, água, bi ou pe, no. Pompeu Sobrinho esclarece que o topônimo é tão velho quanto Mucuripe, a enseada que abriga o porto de Fortaleza. Data de 1574 e aparece sob a forma de Rio Suaguarive. Mais tarde, em 1587, é repetida pelo celebre cronista Gabriel Soares, no seu curioso Roteiro sob a forma de Rio Joaguarive. Por fim Raimundo Girão e Antônio Martins Filho, autores de O Ceará, 2 ed., Editora Fortaleza, 1945, preferem o significado atribuído pelo Barão de Studart.
No princípio, era Riacho do Sangue. Depois se chamou Frade, denominação atribuída pela Resolução de 6 de maio de 1833 do Conselho da Província. Tempos mais tarde o pequeno povoado mudou de lugar e graças a Lei nº 518, de 1º de agosto de 1850, foi se juntar a Cachoeira, hoje Solonópole. Jaguaribe-mirim, como inicialmente se chamou o núcleo, era denominação do riacho, braço do Rio Jaguaribe (posteriormente Catingueira e Santa Rosa), transmitido ao sítio à sua margem, cuja construção é atribuída a os irmãos Francisco e Manuel Martins, vindos de Pernambuco, foi nome conferido pela Lei nº 1221, de 8 de novembro de 1864. Terras devolutas concedidas em sesmaria ao capitão João da Fonseca Ferreira, que já era senhor e possuidor do sítio Santa Rosa desde 1697 e foi um dos primeiros povoadores da Ribeira do Jaguaribe, ali vivendo com muitos homens e construindo casa-forte. Fonseca Ferreira doou dita terra em princípios do século XVIII ao seu genro, coronel Manuel Cabral de Vasconcelos que a vendeu ao padre Domingos Dias da Silveira, cura da vila do Icó. Outro sacerdote, o padre João Martins de Melo arremata a terra em leilão e em escritura de 25 de maio de 1786 faz doação a Francisco Eduardo Pais de Melo para constituir o seu patrimônio de ordenação. Morto o padre Eduardo Pais, o sítio foi retalhado entre 14 de seus credores por despacho do Ouvidor Antônio Manuel Galvão, de 9 de fevereiro de 1813, tocando a alguns deles apenas 5 braças. Com o desenvolvimento do povoado, que se estendeu pela margem direita do rio Jaguaribe, desapareceu de sua designação a partícula mirim, resultando o nome atual, que é o mesmo do rio.
As primeiras manifestações datam da edificação da capela dedicada a Santo Antônio, no início do Século XVIII, onde atualmente se localiza o distrito de Mapuá. O primeiro vigário da antiga capela, mais tarde transformada em Igreja-Matriz e hoje voltou ao título de capela, foi o padre Teodulfo Franco Pinto Bandeira. No dia 18 de novembro de 1872, a Nossa Senhora das Candeias foi nomeada padroeira da cidade. Atualmente tem como pároco o Padre José Peixoto Alves, que em 30 de dezembro de 2013 foi empossado pelo Bispo da Diocese de Limoeiro do Norte, Dom José Haring. Tem como vigário paroquial o Padre Mauro Monteiro da Silva, que desde 1973 tem se dedicado à atividade pastoral no Jaguaribe. O Padre José de Fátima Lima Chagas também passou pela Paróquia de Jaguaribe, onde ocupou por um curto período a função de vigário paroquial, hoje exercida pelo Padre Mauro.
A Igreja Matriz de Jaguaribe que teve sua origem na construção da capela primitiva em louvor de nossa Senhora da Purificação ou Candeias, remonta ao século XVIII, quando o Sítio Jaguaribe-Mirim no último quartel, já estava com habitações que justificavam a existência de um orago, em tomo do qual iam-se construindo novas moradias, formando assim um pequeno núcleo habitacional.
Prova do que afirmamos encontra-se documentada nos termos lavrados nas visitas, pelo padre José de Almeida Machado, às Freguesias do Ceará, entre os anos de 1805 e 1806, por provisão de Dom Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho, dada em Olinda a 25 de abril de 1805 e assinada por Manoel Vieira de Lemos Sampaio Governador do Bispado, registrando à época a existência da capela de Jaguaribe como adiante é transcrito:
"José de Almeida Machado, cura e vigário da vara do Cariri-novo, foi nomeado visitador da comarca do Ceará por provisão de Dom José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho, dada em Olinda a 25 de Abril de 1805 e assignada pelo Governador do Bispado Manoel Vieira de Lemos Sampaio. Prestou juramento de bem cumprir os deveres de visitador nas mãos do Vigário do Riacho do Sangue, no lugar Santa Rosa, a 15 de julho do mesmo ano a 18 nomeou secretário da visita o Presbítero Secular Manoel Antônio de Pinho. As provisões de ambos e os termos de juramento estão registrados integralmente no livro das devassas."
Seu desenho consiste em um retângulo dividido em oito faixas horizontais com faixas largas e estreitas intercaladas, sendo a superior larga. Todas as faixas estreitas são amarelas, enquanto as largas (em número de quatro) são nas cores azul e verde, também intercaladas, sendo a superior azul. Na parte superior esquerda (lado do mastro) há um cantão na cor amarela com altura equivalente a duas faixas largas e duas escuras, equivalendo á metade da largura altura da bandeira. Esse cantão amarelo está sobreposto por um quadrilátero branco de dimensões levemente menores. Neste quadrado está a representação de um boi cinza de corcova deitado sob uma árvore voltado para o lado esquerdo.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Jaguaribe-Mirim, pela Resolução Provincial de 06-05-1833. Sede no núcleo de Riacho de Sangue.
Pela lei nº 518, de 01-08-1850, transfere a sede do núcleo de Riacho de Sangue para o núcleo de Cachoeira.
Pela lei provincial nº 1121, de 08-11-1864, transfere a sede do núcleo Cachoeira para o de Jaguaribe-Mirim. Instalado em 06-05-1883.
Distrito criado com a denominação de Jaguaribe-Mirim, pela lei provincial nº 1468, de 18-11-1872.
Pela lei provincial nº 1704, de 30-11-1863 é criado o distrito de Boa Vista e anexado a vila de de Jaguribe-Mirim
Por ato provincial nº 1482, de 09-12-1872, é criado o distrito de Nova Floresta e anexado a vila de Jaguaribe-Mirim.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, vila de Jaguaribe-Mirim é constituído de 3 distritos: Jaguaribe-Mirim, Boa Vista e Nova Floresta.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Jaguaribe-Mirim, pela lei estadual nº 1532, de 12-08-1918.
Pelo decreto estadual nº 193, de 20-05-1931, o município de Jaguaribe-Mirim adquiriu o extinto município de Cachoeira e seus distritos Floresta Nova e São Bernardo. Sob o mesmo decreto o município de Jaguaribe-Mirim adquiriu o extinto município de Riacho de Sangue e seus distritos de Santa Rosa, Poço Comprido e Torrões.
Pelo decreto estadual nº 1156, de 04-12-1933, é criado o distrito de Feiticeiro e anexado ao muicípio de Jaguaribe-Mirim.
Pelo decreto estadual nº 193, de 20-05-1931, o município de Jaguaribe-Mirim adquiriu o extinto município de Riacho de Sangue e seus distritos de Santa Rosa, Poço Comprido e Torrões.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município aparece constituído de 12 distritos: Jaguaribe-Mirim, Boa Vista, Cachoeira, Carnaubinha, Conceição, Flores Novas, Feiticeiro, Nova Floresta, Riacho de Sangue, Santa Rosa, São Bernardo e Torrões.
Pelo decreto estadual nº 1540, de 03-05-1935, desmembra do município de Jaguaribe-Mirim os distritos de Riacho de Sangue, Santa Rosa e Torrões. Para formar o novamente o município de Riacho de Sangue. Sob o mesmo decreto desmembra do município de Jaguaribe os distritos de Cachoeira, Carnaubinha, Conceição, Flores Nova e São Bernardo. Para formar o novo município de Cachoeira.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município é constituído de 4 distritos: Jaguaribe-Mirim, Boa Vista, Joaquim Távora (ex-Feiticeiro) e Nova Floresta. Pela lei estadual nº 448, de 20-12-1938, o município de Jaguaribe-Mirim passou a denominar-se simplesmente Jaguaribe.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município já denominado Jaguaribe é constituído de 4 distritos: Jaguaribe, Boa Vista, Joaquim Távora e Nova Floresta.
Pelo decreto estadual nº 1114, de 30-12-1943, distrito de Joaquim Távora passou a denominar-se Feiticeiro. Sob o mesmo decreto o distrito de Boa Vista passou a denominar-se Mapuá.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950 o município é constituído de 4 distritos: Jaguaribe, Feiticeiro, Mapuá e Nova Floresta.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela lei estadual nº 6307, de 21-05-1963, desmembra do municípiio de Jaguaribe o distrito de Feiticeiro. Elevado à categoria de município.
Pela lei estadual nº 6308, de 21-05-1963, desmembra do município de Jaguaribe o distrito de Mapuá. Elevado à categoria de município.
Pela lei estadual nº 6405, de 04-07-1963, desmembra do município de Jaguaribe o distrito de Nova Floresta. Elevado à categoria de município.
Pela lei estadual nº 6879, de 13-12-1963, é criado o distrito de Aquinópoles e anexado ao município de Jaguaribe.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963 o município é constituído de 2 distritos: Jaguaribe e Aquinópoles.
Pela lei estadual nº 8339, de 14-12-1965, o município de Jaguaribe adquiriu os extintos município de Feiticeiro, Mapuá e Nova Floresta como simples distrito.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1968 o município é constituído de 5 distritos: Jaguaribe, Aquinópoles, Feiticeiro, Mapuá e Nova Floresta.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Alteração toponímica municipal Jaguaribe-Mirim para Jaguaribe alterado, pelo decreto estadual nº 448, de 20-12-1938.Divisões administrativas:
O município está dividido nos seguintes distritos: Sede, Mapuá, Nova Floresta, Feiticeiro e Aquinópoles. Vertentes é um povoado que pertence ao distrito de Mapuá.
Órgãos e serviços públicos:
Além do poder publico municipal e toda a sua máquina administrativa, a população de Jaguaribe e cidades circunvizinhas também contam com os serviços públicos prestados pelos seguintes órgãos e entidades:
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará - EMATERCE
Delegacia Regional de Polícia Civil - DRPC
3ª Companhia do 1º Batalhão da Polícia Militar - PMCE
Polícia Rodoviária Federal - PRF
Delegacia do Conselho Regional de Contabilidade do Ceará - CRCCE
Fórum Promotor Antônio Garcia Gondim - TJCE
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU
Unidade de Pronto Atendimento - UPA
11ª Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação - CREDE 11
Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN
Espaço do Empreendedor do SEBRAE
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT/CORREIOS
Instituições financeiras e bancárias: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste do Brasil e Banco Bradesco.
Jaguaribe é conhecida nacionalmente pelo título "a terra do queijo de coalho";
A cidade também é banhada pelo rio que leva o mesmo nome, um dos mais importantes rios do estado, o Rio Jaguaribe.
Um dos mais importantes filhos de Jaguaribe foi o político e militar Juarez Távora, que participou do levante militar ocorrido na cidade do Rio de Janeiro em 5 de julho de 1922, participou da rebelião paulista de julho de 1924. Seguiu com a Coluna Prestes, e participou da Revolução de 1930. Após esta levar Getúlio Vargas ao poder, Távora, ainda como capitão, se tornou ministro da Agricultura. Como coronel, na década de 1940, foi adido militar no Chile. Candidatou-se à presidência da república em 1955 pela UDN, mas foi derrotado por Juscelino Kubitschek.
O Rio Jaguaribe já foi considerado o maior rio seco do mundo, antes da sua perenização, com a construção do açude do Orós em 1961. Possui como padroeira a Nossa Senhora da Purificação ou como é denominada pelos jaguaribanos, Nossa Senhora das Candeias. A festa é celebrada do dia 23 de janeiro ao dia 2 de fevereiro na Igreja Matriz.
No dia 26 de março de 1960, Jaguaribe viu-se ruir diante da força da água que vinha do Município de Orós. Era o arrombamento do Açude Orós, deixando parte da ainda pequena Jaguaribe completamente submersa.
REPRESENTAÇÃO DAS CORES DOS ESMALTES EM IMAGENS P&B
Significado dos Esmaltes
Ouro: nobreza, riqueza e poder.
Prata: pureza, integridade, firmeza e obediência.
Vermelho: vitória, fortaleza e ousadia.
Azul: zelo, lealdade, caridade, justiça, beleza e boa reputação.
Verde: esperança, fé, amizade, bons serviços prestados, amor, juventude e liberdade.
Púrpura: grandeza e sabedoria elevada.
Negro: prudência, astúcia, tristeza, rigor e honestidade.
Das Leis Heráldicas
Não se coloca metal sobre metal, cor sobre cor, ou forro sobre forro.
Segunda Lei
As peças honrosas devem ser colocadas nos lugares que lhes competem.
Terceira Lei
As figuras naturais ou quiméricas, quando sozinhas, devem ocupar o centro do campo sem tocar em seus bordos.
Quarta Lei
Muitas peças móveis, ou figuras, pousadas sobre o mesmo campo tem sempre o mesmo esmalte, desde que sejam elas repetidas sem alterações.
Quinta Lei
Não há tonalidades diferentes de uma mesma cor.
Sexta Lei
Um brasão deve ser regular, simples e completo.
ORGANIZAÇÃO OU PARTES DO ESCUDO
As figuras são dispostas em nove zonas no escudo, chamadas de pontos ou partes do escudo. Os pontos são identificados com nomes, que variam segundo o autor, com exceção do ponto central, chamado de coração, abismo ou centro. Dois outros pontos, citados por todos os estudiosos, são o ponto de honra (A) e o umbigo ( ), pontos em sentido geométrico, situados no centro das fronteiras 2-5 e 5-8. Quaisquer que sejam os autores, há simetria de denominações entre 1 e 3, 4 e 6, 7 e 9 nos quais direita para 1, 4 e 7 corresponde a esquerda para 3, 6 e 9. Em heráldica, esquerda e direita são aquelas de quem porta o escudo.
METAIS E ESMALTES
As cores utilizadas em armaria são conhecidas genericamente como esmaltes, que se dividem em Metais (ouro e prata, e os Esmaltes propriamente ditos: Vermelho (goles), Azul (blau), Verde (sinople), Púrpura, Preto ou Negro (sagle) e os Forros ou Peles: Arminhos e Veiros. Também são incluídas a carnação e as cores naturais, embora não sejam Esmaltes.
HINO DO MUNICÍPIO
Letra Hino de Jaguaribe
Jaguaribe eu te amo de verdade
És tão linda minha querida cidade
Ao passar em tuas ruas eu percebo
O sossego a reinar por todo lado
Se por seca estás sempre castigada
Teu sorriso jamais chega a se apagar
Jaguaribe tu serás sempre amada
Somos felizes por viver em teu regaço.
Ó Jaguaribe
Terra amada
És triunfante sempre em tua jornada
Teu seio forte
Nos faz seguros
E confiantes em teu brilhante futuro.
Não esqueço quando estavas começando
Pouca gente em tuas ruas palmilhava
Mas com garra e coragem trabalhando
As primeiras praças nos edificaram
Foram anos de difíceis trajetórias
Mas nada pode deter o avanço teu
E hoje Jaguaribe estás na história
E essa glória você sempre mereceu.
Ó Jaguaribe
Terra amada
És triunfante sempre em tua jornada
Teu seio forte
Nos faz seguros
E confiantes em teu brilhante futuro.
Autora : Aleide Ferreira
Intérprete: Cícero de Lima Pereira
HERÁLDICA
Heráldica, Armaria ou Parassematografia é a ciência e a arte de formar e descrever o brasão de armas, o conjunto de peças, figuras e ornatos dispostos no campo de um escudo ou fora dele, e que representam as armas de uma nação, País, Estado, Cidade, de um soberano, de uma família de um indivíduo, de uma corporação ou associação.
Os primeiros registros heráldicos datam do seculo XII, quando foram inseridos dentro dos escudos símbolos pessoais ou familiares. Ao ato de desenhar um brasão dá-se o nome de brasonar. Após a leitura das descrições devem os heraldistas brasonar seguindo regras bem definidas.
No brasão de armas ou cota de armas o elemento central é o escudo, de diferentes formas - hoje os mais utilizados são os modelos francês e português (boleado) - medindo 8x7 centímetros - acompanhado por outros elementos como suportes, coronéis e listeis com motes (ou lemas).
ESCUDO
DIVISÕES E DEFINIÇÕES
Ponto 1: cantão direito do chefe (Duhoux D'Argicourt o chama "ângulo direito do chefe" que designa segundo outros autores o ângulo material do escudo);
Ponto 2: centro do chefe (numerosos autores o chamam simplesmente "chefe" mas não confirmam tal denominação na sua definição de "chefe");
Ponto 3: cantão esquerdo do chefe;
Ponto 4: flanco direito (mesma observação feita para o chefe);
Ponto 5: centro, abismo ou coração;
Ponto 6: flanco esquerdo (mesma observação feita para o chefe);
Ponto 7: cantão direito da ponta (Duhoux D'Argicourt como em 1, fala em "ângulo");
Ponto 8: centro da ponta. A maior parte dos autores usam só ponta. Às vezes, encontra-se pé;
Ponto 9: cantão esquerdo da ponta.
DESCRIÇÃO DO ESCUDO
A primeira coisa a ser descrita num escudo é o esmalte (denominação dada as cores) do campo (fundo); seguem-se a posição e esmaltes de diferentes figuras existentes no escudo. Essas cargas são descritas de cima para baixo, e da direita (dextra) para a esquerda (sinistra). Na verdade, a dextra (do latim dextra - ae, "direita") refere-se ao lado esquerdo do escudo, e a sinistra (do latim sinistra - ae, "esquerda") ao lado direito, tal como ele é visto pelo observador. A razão porque isto sucede prende-se ao fato de que a descrição se referir ao ponto de vista do portador do escudo, e não do seu observador.
BRASÃO DE JAGUARIBE
O Brasão de armas é figura simbólica, insignia que representa a identidade do município, sua evolução política, administrativa e econômica, seus costumes, tradição, arte e religião. O Art. 13 § 1º da Constituição Federal indica que são símbolos nacionais da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. E no seu § 2º permite aos Estados, Distrito Federal e Municípios ter símbolos próprios.
Descrição: Propomos para o Município de Jaguaribe um brasão em estilo português (boleado) encimado por cinco torres na cor prata (número de torres e metal utilizadas para identificar cidade). O campo de fundo definido no esmalte azul (blau). No cantão esquerdo do chefe o boi de corcova (silhueta negra (sable) debaixo de uma árvore com a copa verde (sinople). No cantão esquerdo da ponta o queijo de coalho e no cantão direito do chefe a onça em metal ouro. Serpenteando o território em metal prata a figura do rio Jaguaribe passando pelo centro, abismo ou coração repartindo o escudo com uma barra ou contrabanda. No flanco direito a cruz portuguesa. E passando acima da ponta o listel, em verde, o nome Jaguaribe e a data de fundação da cidade.
Figuras e significados
Boi de corcova - Remete ao ciclo do couro, quando os vaqueiros tangiam o gado do litoral ao sertão, seguindo pelas ribeiras do rio Jaguaribe.
Árvore com a copa verde - Lembra a caatinga, bioma único do mundo com suas plantas e animais raros. No início do "inverno", a estação das chuvas no Nordeste do Brasil, os galhos cinzas são recobertos de verde e acendem a esperança nos corações da gente do campo.
Onça - É parcela do nome do curso d'água - jaguar (onça) + ib (água) - Jaguaribe, "rio das onças", em alusão a abundância do felino que buscava suas margens para saciar a sede.
Cruz portuguesa - Alusão à fé e a religiosidade dos colonizadores e dos sacerdotes, primeiros proprietários das terras da sesmaria.
Queijo de coalho ou queijo coalho - Mais lidimo representante da culinária jaguaribana. Parcela significativa da primeira refeição do dia e de um dos pratos mais tradicionais da Regiao: o baião-de-dois.
Rio Jaguaribe - O rio que deu seu nome a Cidade e inspirou poetas como Demócrito Rocha. Berço, fonte de vida e trabalho. Conceito: "Jaguaribe. O Futuro começa agora".
Justificativa: É um desdobramento, uma atualização, do atual conceito - Cidade Futuro - que não possibilita desdobramentos.
Desdobramentos: Educação. O futuro começa agora. Saúde. O Futuro começa agora. Ação Social. O futuro começa agora.
BANDEIRA
Seu desenho consiste em um retângulo dividido em oito faixas horizontais com faixas largas e estreitas intercaladas, sendo a superior larga. Todas as faixas estreitas são amarelas, enquanto as largas (em número de quatro) são nas cores azul e verde, também intercaladas, sendo a superior azul. Na parte superior esquerda (lado do mastro) há um cantão na cor amarela com altura equivalente a duas faixas largas e duas escuras, equivalendo á metade da largura altura da bandeira. Esse cantão amarelo está sobreposto por um quadrilátero branco de dimensões levemente menores. Neste quadrado está a representação de um boi cinza de corcova deitado sob uma árvore voltado para o lado esquerdo.